quando comecei a ler este livro, a Bi disse-me que o tinha lido há pouco tempo e que o achou levezinho. não percebi porquê; achei-o brutal e cruel. como (quase) tudo o que se relaciona com o tema em questão.
brutal porque ao longo da história a inocência se torna um espaço de onde não conseguimos fugir, que incomoda, como se quiséssemos dar um abanão àquela criança e abrir-lhe os olhos. dei comigo a detestá-lo, a achar demasiado, a querer fechar o livro e esquecê-lo. não consegui.
no fim está a crueldade, que espreita já em cada página, lembrando-nos que está sempre por perto e se revela sem rodeios no último capítulo. dei comigo de novo com aquela sensação contraditória de estavas-mesmo-a-pedi-las. e a seguir arrependi-me porque, apesar de se tratar de ficção, o assunto é demasiado sério.
ainda não consegui decidir se gostei ou não do livro.
2 comentários:
Vamos lá a ver se a gente se entende: o que eu disse é que a leitura era levezinha. Não é um português muito elaborado e com palavras caras. É simples e acessível. Não falei em relação ao conteúdo. Aí concordo contigo. Como imaginamos a cena na realidade e sabemos que não é ficção e que isso foi um acontecimento da historia marcante e cruel, faz-nos revoltar por dentro. eu gostei do livro.
isso isso, conversa! agora desculpa-te!
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