... acordamos de manhã e o mundo é diferente. abrimos os olhos aos primeiros raios de sol a entrar no quarto, situamo-nos na realidade e nada parece estar igual. o sol transforma-se num mar de nuvens cinzentas que nos perseguem para onde quer que vamos. o que era seguro passou a ser assustadoramente vulnerável. a certeza da rotina diária treme como o vento moribundo que arrasta consigo o que resta dos dias de cada um de nós.
acordar de manhã com o mundo virado de pernas para o ar é ter a cruel confirmação de que as coisas más só acontecem a pessoas boas.
ontem entrei na Fnac e na secção dos filmes só um me chamou a atenção. hesitei em levar, mas com a combinação Julianne Moore/Ralph Fiennes acabei por ceder. pu-lo no dvd sem grande expectativa.
ao terceiro ou quarto capítulo duvidei do acaso, mas ao quinto já estava convencida que este era o filme certo para ver hoje: um dia em que acreditar parecia uma palavra demasiado fútil e sem significado.
quando afinal acreditar é a palavra que melhor traduz aquilo que queremos neste momento. para nós. para ela. acreditar que tudo acontece por uma razão. acreditar que a guerra é dura, mas que se vence em cada batalha, um passo de cada vez. acreditar que um sorriso esconde tudo, mas é um verdadeiro sinal da força que por vezes temos e não sabemos existir. acreditar sobretudo que o limite é sempre para lá do que (nos) conhecemos.
um dia de cada vez. há um ano. como agora.
1 comentário:
gostei do 5º parágrafo...
e da música =)
acredita *
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