e também podia conter a palavra que começa por D, acaba em eia e tem no meio as letras iarr, mas já seria uma grande javardice.
resumidamente, este post é a história de uma pequenina mas mal-educada bactéria (porque não pediu licença) que entrou por mim adentro e quase me matou.
uma pessoa sai do emprego, numa vulgar quinta-feira ao fim do dia, e começa a sentir-se mal. agoniada, com dor de estômago. ao fim de 3 horas de agonia e de ter travado um íntimo conhecimento com a sanita lá de casa, resolvi ligar à minha mãe (por acaso enfermeira) a dizer que estava moribunda. em 20 minutos tinha o meu pai à porta de casa, qual Speedy Gonzaléz pela A5 fora, que me deixou muito débil à porta da urgência do hospital.
poupo-vos aos pormenores nojentinhos (como o ter vomitado em frente ao médico, enquanto ele tentava perceber o que se passava pelo menu que o meu estômago armazenava), passo directamente para o cadeirão da sala de observações, onde eu só via a luz do tecto e escutava vozes lá ao fundo. ora vá de fazer análises. ainda consegui balbuciar que as minhas veias não eram fáceis, coisa que depois não se comprovou e que resultou numa literal sangria pelo chão. ora vá de por a menina a soro. valentes litradas de soro com um medicamento qualquer para acalmar os vómitos e os intestinos em grande revolta. cerca de 2 horas depois, o médico, cauteloso, e sabendo que a aqui a jovem já teve várias ameaças de apendicite, manda-me deitar numa caminha (que naquele momento me pareceu uma confortável cama de uma suite num qualquer hotel de 5 estrelas) e toca a apalpar. aqui dói? e aqui? e aqui mais em baixo? nada! esperar para ver o que acontece.
terminado o soro, mandaram-me para casa, em observação. e eu ia. juro que ia, era o que mais desejava naquele momento. não fosse a circunstância de ter vomitado novamente mal saí a porta do hospital. volta atrás, para o cadeirão, com mais soro e mais medicação. pois que já não se podia picar a mesma veia, toca a procurar outra veia boa, que por acaso se encontrava na mão esquerda. pumba, agulha lá para dentro. a dor. mais uma hora de desespero.
resultado: saí do hospital às 2 da madrugada, com a agulha pendurada na mão, não fosse dar-se o caso de ser preciso mais medicação intravenosa (sim, porque comprimidos e/ou supositórios estavam definitivamente fora de questão) em casa. a minha mãe chegou mesmo a engendrar um suporte para o frasco do soro no varão das cortinas, mas tal não foi necessário.
dormi pessimamente, com medo de me escortaçar toda com a agulha pendurada na mão e com o mal-estar generalizado.
ontem passei o dia inteiro na cama, com uma ponta de febre e cólicas monumentais, e ao fim da tarde fui ao meu médico, que gosto sempre de visitar por esta altura do ano (e não, não há nenhuma explicação para eu ficar doente sempre no início de Dezembro), que me disse que uma p*ta duma bactéria (a p*ta acrescentei eu) quase me comeu viva por dentro. daí eu ter chegado a pensar, naqueles momentos de intimidade que tive com todas as sanitas que me apareceram à frente, que podia muito bem ficar sem um rim ou mesmo sem intestino naqueles momentos de grande agonia, que não desejo a ninguém (só a 2 ou 3 pessoas, vá). e desconfio que essa bactéria pode ter tido origem naquele magnífico restaurante que serve a empresa onde trabalho e onde almoço todos os dias. e estou a pensar seriamente em pegar nas minhas análises e processá-los. vendo bem, já que não há meio de me sair o euromilhões, sempre dava para a entrada de uma casa. pena isto não ser a América...
concluindo: tenho que esperar uns dias a ver se a maldita não se alojou num outro lado qualquer do meu corpo agora moribundo e enquanto isso tenho que aguentar esta barriga já sem pneu (valha-nos isso, que nem tudo foi mau) mas cheia de ar e cólicas, muitas e dolorosas.
posto isto, vou comer qualquer coisa, que há que voltar a encher a pança porque nem só de ar vive a malta (comer ar é mau, dá dores, acreditem). franguinho cozido e canja. mas pouco, que é para não violentar mais o meu já de si muy frágil corpinho.
moral da história: nunca menosprezem a importância de uma sanita! e nunca, mesmo nunca, digam a uma enfermeira que têm más veias... é que às vezes elas acreditam!
6 comentários:
a difamar a E*R*ST... 'tá mal pah! vai na volta ainda são eles que te processam a ti por difamação... cuidadinho! :P
atão??? mas que grande aventura!! =s anda tudo corrido a vírus nesta altura?? espero que já estejas melhor e que essa gaja já tenha desaparecido de vez.
beijinho grande e as melhoras! :*
Di, fantástico! de tudo o que escrevi tu preocupas-te é com a E*R*ST!! e a maninha???
Isabel, é bactéria, não é vírus!! e maldita ainda por cima!
ups! falha minha! então como tem passado o doutor? :P
p.s.: a maninha está mais que boa senão não tinha ido "trabalhar" cof cof :D
peço desculpa a todas as bactérias aqui presentes e às que nos acompanham lá em casa... Não peço nada! Que elas são estúpidas! Vão mas é chatear os agriões! =P
:( Go away bacteria! Rápidas, rápidas melhoras!
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