É possível justificar racionalmente a necessidade absoluta de escrever?
Nunca senti necessidade absoluta de escrever - como de comer, ou de fazer amor. Escrever é um prazer; não uma angústia como um cigarro para um fumador.
Dizer-se afro-luso-brasileiro é a sua melhor definição de nacionalidade?
Sou não-nacionalista. O nacionalismo conduz quase sempre ao ódio ao outro, quando, afinal, o outro somos sempre nós.
Que Portugal há hoje em Angola que não o do usurpador que colonizou?
A língua, evidentemente; o catolicismo, o futebol, o gosto pelo bacalhau e pela má-língua.
Venderia o seu passado, se fosse possível?
O meu passado não tem preço - como o Taj Mahal. Sou uma das pessoas mais felizes que já tive a oportunidade de conhecer.
excertos de uma entrevista do JN a José Eduardo Agualusa (13 de Agosto)
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