sábado, 7 de março de 2009

passeio matinal

tal como a maioria dos portugueses, padeço daquele mal de achar que o caminho da cama para o sofá e do sofá para cama é exercício q.b. para grande parte dos meses do ano. dormir até ao meio-dia ou alapar o rabo no sofá a devorar filmes pela noite dentro, de preferência com um balde de pipocas, são desportos (!) que deixam de fazer sentido mal o sol começa a aparecer e o frio a esconder-se.
uma das vantagens de viver em Carcavelos é estar perto da praia e, por consequência deste sítio magnífico:

depois de um ano quase inteiro a pagar (e bem!) um ginásio com todas as comodidades, decidi fazer contas aos dias em que lá ia - porque eram bem menos do que aqueles em que faltava - e à relação muito pouco proporcional entre eles e a mensalidade paga. senão, vejamos: em 365 dias, não fiz uma única aula de grupo, usei a sala das máquinas 2 vezes e a piscina, que era o que verdadeiramente me interessava, algumas dezenas. de resto, arranjava sempre desculpas: ou a lua ia mudar, ou os astros não estavam alinhados, ou o calendário da monstruação não beneficiava o desgaste de energia, ou a depilação não estava feita, ou ..., ou..., ou. percebi, naquelas malditas contas, que tinha gasto no espaço de um ano o equivalente a uma viagem em low cost até uma qualquer capital europeia, com alojamento para 4 ou 5 noites num bom hotel, refeições em restaurantes muito decentes, entradas em todos os museus e ainda uma mala cheia de souvenirs. um bocado como os fumadores que fazem contas ao dinheiro que gastam em maços de tabaco e às férias que deixam de gozar por causa disso.

e pior: não era apenas a mensalidade a cair na conta ao dia 5; era principalmente a falta de resultados que o meu desporto dormir/ver-filmes/umas-braçadas-muito-de-vez-em-quando estava a produzir em conjunto com a maldita força da gravidade.

e assim tomei uma decisão: a partir de hoje, todos os dias (dia sim dia não, vá...), vou levantar-me cedo, vestir o fato de treino (sem meia branca e sem aqueles fechos no fundo das calças) e correr (que é maneira de falar, eu é mais andar...) o passeio marítimo até ao limite que as minhas pernas aguentarem. hoje foram 5 km, com o rádio nos ouvidos e o sol a bater na tromba. amanhã, se os músculos não gritarem por clemência, a história repete-se. e assim todos os dias até que o corpinho tenha uma forma mais... composta. sem custos adicionais, a ver a praia e a respirar o ar do mar.

[e é bom que o sol continue, porque à mínima pinga de chuva, lá se vai a motivação...]

4 comentários:

S* disse...

Passear ao solinho sabe muito melhor. Andei durante uns anitos no ginasio, mas aquilo nao me dava gozo nenhum. Era uma tortura diaria que nao surtia efeitos. :P

Anónimo disse...

muahahahah!! eu nem vou comentar essa tua preguiça! porque como desportista que sou devia-te bater. quem dera a muita gente ter esse espaço mesmo ao lado de casa para suar um bocadinho e ficar com uma sensação renovada. =p
quanto a esse ritmo que desejas agora implementar na tua rotina, quero ver até quando vai durar... =p se eu bem te conheço... ;p

Anónimo disse...

Acabo de tomar conhecimento deste post. APLAUDO TRÊS VEZES, SE FOR PARA DURAR! É um luxo ter esse passadiço aí ao pé, ainda por cima à beira mar, pelo que se não o aproveitas vou-te considerar verdadeiramente estúpida. Desafio-te a vires a Lamego City onde poderás demostrar que estás a levar isso a sério, acompanhando a tua tia Cocas nas caminhadas diárias de no mínimo 5 Km. O convite está feito e teria muito gosto. Bjs

Joana disse...

bolas, também não é preciso ofender! lembra-te lá quem foi A ÚNICA PESSOA que te acompanhou na Nazaré... :)