sábado, 11 de dezembro de 2010

porque não vou sozinha ao cinema

quando andava na faculdade e tinha a mania que só via filmes-a-armar-ao-intelectual, ia muitas vezes sozinha ao cinema, porque não havia muita gente com paciência para histórias manhosas que afinal são grandes obras primas mas o público não percebe porque não tem cultura.

ontem estava triste e chateada e fui ao cinema para espairecer. esquecer por um par de horas que a vida estava cá fora e entrar na vida das personagens.
lá fui eu e o meu balde de pipocas. 15 minutos depois do início do filme, comecei a ficar enjoada e cheia de calor (aquele calor esquisito que toma conta de nós antes de um desmaio) e a sentir-me fraquinha, como quando se tem uma quebra de tensão.
não podia tirar nenhuma peça de roupa, não podia rasgar a gola alta... por isso fiquei onde estava, quietinha, a rezar a todos os santinhos que aquilo passasse. mas piorou. e o intervalo não havia meio de chegar!
então, num momento inédito em todas as minhas idas ao cinema, tive que sair a meio e procurar rapidamente um sítio com ar fresco.
lá ficou o filme interrompido... e eu acho que estava a gostar.

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